Dez coisas para fazer em Vancouver e arredores

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O Canadá é um dos países mais fantásticos que já conheci. Aqui, meu ponto de partida foi a moderna cidade de Vancouver, onde morei por dois meses para aprimorar o inglês. Com a proximidade do mar e das montanhas, há muitas coisa legais para fazer em Vancouver, e é isso que compartilho com vocês. Claro, essas são apenas algumas das muitas atividades que essa cidade e outras da British Columbia oferecem.

Para mim, o verão é a melhor época para conhecer Vancouver: os parques e as ruas sempre arborizadas são um convite para as atividades ao ar livre. Além disso, os dias são longos e só anoitece por volta das 21h. Veja, então, o que eu considero imperdível em Vancouver.
1. Subir a Grouse Mountain
É difícil descrever uma das mais belas vistas que tive a oportunidade de contemplar ao subir a Grouse Mountain. A cerca de 15 minutos do centro de Vancouver, a imponente montanha se destaca no horizonte da cidade. Para vencer seus 1.250 metros de altura, a melhor opção é pegar o bondinho inaugurado em 1966. Antes disso, os aventureiros precisavam escalar o monte a pé e, ainda hoje, há quem faça isso.
No inverno, a Grouse Mountain é uma estação de esqui disputadíssima entre os moradores da cidade que procuram praticar esportes na neve. No verão, a paisagem se transforma. O branco da neve dá lugar ao mais puro verde da floresta de coníferas, mas sempre haverá porções de gelo espalhadas pela montanha.
Aqui no alto, você pode apreciar dois exemplares dos ursos-pardos, os grizzly bears. Durante todo o ano, há diversas atrações e atividades para fazer, e a maioria está inclusa no tíquete de entrada, que custa CAD 43,95.
A paisagem verde da Grouse Moutain no verão canadense.
Mesmo na estação mais quente do ano é possível ver áreas com neve.
O bondinho que sobe a montanha.
Um dos ursos que vive no topo da montanha.
2. Andar de bicicleta no Stanley Park
Todos os guias de viagem que li sobre Vancouver sugeriram alugar uma bicicleta e gastar algumas horas passeando pelo Stanley Park. Eu resolvi seguir a dica dos santos manuais do viajante independente e não me arrependi. Por isso, essa atividade entra na lista do que você deve fazer em Vancouver.
Na região do parque, existem algumas lojas especializadas em atender turistas que desejam alugar bicicletas e patins. O custo é calculado por hora. Eu paguei CAD 16 por duas horas de pedaladas, mas não há preço que recompense a sensação de vagar entre árvores centenárias sob o sol do verão canadense e a brisa gelada do Pacífico.
O parque é margeado pela English Bay o que nos permite ter uma visão privilegiada da cidade. É possível avistar o Canada Place, belíssima construção que lembra as velas de uma embarcação, e a torre do Harbor Centre, de onde é possível ter uma visão geral da cidade.
No centro do Stanley Park, há uma série de imensos totens esculpidos por representantes dos primeiros povos que habitavam o país antes da colonização britânica. Há ainda um centro histórico e uma loja com produtos regionais.
O passeio de bicicleta no Stanley Park é imperdível.
Aqui há vários totens que simbolizam os povos primitivos do país.
O Canada Place, à esquerda, e o Harbor Centre, à direita.
3. Assistir ao show das belugas no Vancouver Aquarium
O Aquário de Vancouver fica dentro do Stanley Park e recebe cerca de um milhão de pessoas por ano. Ele está na lista dos pontos turísticos mais visitados do país, e entre os três mais importantes aquários da América do Norte, com mais de 600 espécies da costa oeste canadense. Ao todo, são mais de mil seres vivos espalhados por seus andares.
Uma das apresentações mais disputadas pelos visitantes é o show das belugas. Nele, quatro baleias executam acrobacias sob a orientação de instrutores. Muito mais do uma apresentação de movimentos sincronizados, o show é uma aula sobre a espécie, suas características, habitat e impactos que tem sofrido ao longo dos anos.
É incrível vê-las tão perto obedecendo a simples comandos e executando os movimentos com precisão. Se estiver disposto a pagar pouco mais de CAD 200 você poderá tocá-las.
Outra apresentação empolgante é a dos golfinhos. Semelhante às belugas, eles executam movimentos, emitem sons e brincam com a plateia. A entrada no aquário custa CAD 27.
O show das belugas no Vancouver Aquarium.
São mais de 600 espécies de animais, incluindo os leões-marinhos.
Outra apresentação muito interessante é a dos golfinhos.
4. Apreciar o pôr do sol em Kitsilano Beach
Na região do Stanley Park, encontramos diversas praias. Apesar de estarem interligadas, elas recebem nomes diferentes e, no verão, são mais uma atração da cidade. É verdade que elas não são lá grandes coisas como vemos no Brasil e em outros países mais tropicais. Porém, para quem tem menos de dois meses de sol durante o ano inteiro, qualquer dia mais quente é um convite para um passeio sobre as areias banhadas pelo Pacífico.
Um pouco mais distante do parque, do outro lado da Burrad Bridge, está Kitsilano Beach a mais badalada e a mais bem frequentada praia de Vancouver. Com os amigos, ou mesmo sozinho, apreciar o pôr do sol com o sopro de uma brisa gelada que vem do Pacífico é uma atração que arranca suspiros, então trate de incluir isso em sua lista do que fazer em Vancouver.
Pôr do sol na English Bay.
Kitsilano Beach é a praia mais movimentada de Vancouver.
5. Atravessar a Capilano Bridge
A ponte suspensa do parque Capilano Suspesion Bridge tem exatos 137 metros de extensão e está a uma altura de 70 metros, o que equivale a um prédio de 15 andares. O sonho de construir uma ponte suspensa sobre o Capilano Canion começou em 1888, com a chegada do escocês George Grant Mackay. Ele estava obstinado a fazer dos seus seis alqueires de terra, localizados numa das mais bonitas regiões de North Vancouver, uma reserva ecológica que fosse referência para o país. E conseguiu.
Hoje, o parque recebe milhares de visitantes todos os anos que, além de cruzarem a famosa ponte suspensa sobre o Capilano River, podem caminhar pelas trilhas e ter aulas de educação ambiental. O Cliffwalk é mais uma atração do parque e tem suas hastes presas a uma rocha de granito com mais de 160 milhões.
A entrada custa CAD 39,95 e há ônibus gratuitos levam os visitantes até o parque. Consulte aqui os locais e os horários de saída.
A tenebrosa ponte suspensa de Capilano.
Ela está a uma altura de 70 metros sobre o rio que dá nome ao lugar.
6. Aproveitar o sábado na Granville Street
A mais famosa rua de Vancouver é, também, a mais cosmopolita delas. Aqui, gente de todas as partes do mundo se encontra, se completa e interage com um ar de cumplicidade e desafio.
Há muito tempo Granville deixou de ser uma simples rua. Ela se transformou na mais pulsante manifestação dessa gente que viaja o mundo e se encontra em Vancouver. Ela tem espaço para todo mundo: para o guitarrista solitário que recolhe moedinhas em seu chapéu, para o grupo de amigos que ganha uns trocados fazendo proezas com malabares e para as bandas de música brasileira que se apresentam por aqui.
Aos sábados, a rua é fechada e vira um grande palco para artistas populares. As lojinhas, durante o dia, e os bares e pubs, à noite, merecem sua visita
A rua mais famosa de Vancouver no amanhecer de um dia nublado.
Aqui lojas e shoppings fazem a alegria de todo mundo.
7. Se encantar com o mercado de Granville Island
Os cheiros, os sabores e as cores do mercado mais tradicional de Vancouver explicariam o porquê de ele ser um dos destinos certos para qualquer viajante. As comidinhas, as frutas frescas, a movimentação de gente para todos os lados e a paisagem da English Bay complementam o cenário mais saboroso da cidade.
O mercado evoluiu com o tempo, mas as receitas e a rotina de sentar-se à beira-mar são repetidas a cada dia. No mercado da Granville Island, os som das embarcações e das gaivotas que habitam os píeres nos convidam para ficar um pouco mais.
Atravesse de barco, desfrute da ilha e retorne para casa com o pôr do sol no horizonte. Sua noite será melhor.
Curtir o mercado de Granville Island no verão é um programa muito concorrido na cidade.
O mercado é um show de cores e sabores.
8. Dirigir até a fabulosa Whistler
Essa viagem começa na Sea to Sky, a rodovia que nos leva aos braços de Whistler, a cerca de 130 quilômetros de Vancouver. No inverno, milhares de turistas visitam o Whistler Blackcomb, o maior resort de esqui da América do Norte. Há 2.284 metros acima do nível do mar, você pode ter uma das vistas mais belas do Canadá.
No verão, quando quase não há neve – a não ser o gelo glacial que se mantém nas colinas mais altas – são outros esportes que ocupam a montanha: trilhas, escaladas e rafting são praticados livremente. Em Whistler, o tempo não passa e os olhos não se movem, mas o pensamento voa.
A viagem pela rodovia Sea to Sky até Whistler.
As montanhas de cumes gelados enfeitam a bela paisagem da cidade.
O pico mais alto da Black Comb Mountain.
9. Conhecer Victoria, a mais britânica cidade canadense
A capital da British Columbia está a poucas horas de Vancouver, mas o caminho até aqui pode ser cansativo: ônibus, trem, barco, ônibus mais uma vez e, enfim, Victoria.
A mais britânica cidade canadense exagera no seu papel de reduto do Império da Rainha Elizabeth II: o chá das cinco, os ônibus de dois andares e as gaitas de fole são algumas das características orgulhosamente mantidas.
O Inner Harbour, uma grande área de frente para o mar, abriga as principais atrações da cidade. O Empress Hotel, inaugurado em 1908, o Parliament Building e o Royal British Columbia Museum são atrações que podem ser visitadas a pé a partir do Inner Habour. À noite, quando as luzes são acesas, o Parliament Building ganha um charme especial.
O Inner Harbor no fim da tarde.
O iluminado Parliament Building, em Victoria.
10. Aventurar-se entre orcas no Whale Watching
O Whale Whatching é mais uma das fantásticas atividades que você pode fazer em Vancouver. Trata-se de um passeio na costa do Pacífico para observar baleias e outras espécies da vida selvagem.
Os cientistas já identificaram dois grupos de orcas que habitam a região, mas é no verão que centenas delas visitam as ilhas da British Columbia para se reproduzir. As orcas são caçadoras de outros mamíferos aquáticos e, por isso, receberam o nome de baleia assassina.
Durante a minha primeira tarde em Victoria, a capital da British Columbia, eu reservei um desses passeios. Depois de alguns minutos no mar, já observava as primeiras nadadeiras dorsais emergirem. Além das baleias, eu vi uma quantidade incontável de aves e vários leões-marinhos.
Avistando orcas nas águas geladas do Oceano Pacífico.
A natureza foi generosa e me presenteou com paisagens lindas.
Por: Altier Moulin – Pé na Estrada.

Sou um jornalista que gosta de contar histórias e de extrair do cotidiano um valor que muitos não percebem. Desde menino, meu desejo era viajar pelo mundo. Já adulto, descobri que isso não era apenas um sentimento, mas um propósito de vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

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