MS e MT farão acordo de cooperação técnica para integrar políticas públicas e ações para tratar do Bioma Pantanal

25
0
Fotos: Afrânio Pissini/Semadesc

Os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso vão estabelecer ações conjuntas e políticas públicas para tratar do Bioma Pantanal. A decisão foi tomada ontem (1º) durante reunião da secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA-MT), Mauren Lazzaretti com o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Maureen veio alinhar ações com o Governo de Mato Grosso do Sul e discutir pautas de relevância para os dois estados, principalmente no alinhamento de estratégias para a Lei do Pantanal, Manejo integrado de fogo (ações conjuntas) e a Biosfera do Pantanal.

Equipe da SEMA-MT esteve conhecendo junto com a equipe da Seamdesc e Imasul o Hospital Veterinário Aytã, do CRAS considerado referência no País

Pela manhã, acompanhada do diretor-presidente do Imasul, André Borges, ela conheceu o Hospital Veterinário Aytā do CRAS- Centro de Reabilitaçāo de Animais. Em seguida visitou o Bioparque Pantanal, o maior aquário de água doce do mundo. A ideia, segundo a secretária de Mato Grosso, é adotar o modelo do hospital veterinário para ser desenvolvido no estado vizinho. Também participaram da visita, Éder Toledo, coordenador de Fauna da SEMA-MT e o Analista de Meio Ambiente, Waldo Troy.

À tarde, Maureen foi recebida pelo secretário Jaime Verruck no receptivo do Governo do Estado para debater ações sobre a Lei do Pantanal. “Como resultado da reunião primeiro podemos destacar o entendimento dos dois estados alinhados aos governadores, de estabelecerem ações conjuntas para o tratado do Bioma Pantanal. Hoje os estados têm suas leis para o Pantanal. Então existe uma cobertura legal de ambos os lados para isso, mas também implica que temos que avançar no entendimento que é um bioma único e precisamos pensar em ações integradas”, salientou.

Para isso, ficou definido que Mato Grosso do Sul e Mato Grosso farão um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que vai abranger toda a questão de desenvolvimento de pesquisas do Pantanal, ações conjuntas de manejo integrado de fogo e combate a incêndios florestais tanto na prevenção como da ação, integração de programas de incentivo ao turismo e ao fomento da pecuária sustentável e orgânica e desenvolvimento inclusivo das comunidades locais como assentados, indígenas e quilombolas.

“Entendemos que o Pantanal tem este apelo turístico, mas tem também toda uma questão de um processo diferenciado de produção e consequentemente de mercado em relação a vocação para pecuária”, destacou o titular da Semadesc.

Durante o encontro, os secretários fizeram uma avaliação conjunta de todos os pontos da Lei federal, a Lei do Pantanal. “Existe já hoje uma proposta da lei federal e começamos a avaliar tomando como base as nossas leis estaduais para formatar uma proposta sobre a legislação federal. Temos aí duas semanas para avançar no Acordo de Cooperação Técnica, para que os nossos governadores em um ato possam fazer esta assinatura, visando o Bioma Pantanal

A secretária de MT defendeu além de um plano de manejo integrado entre os dois estados para o combate florestal que sejam elaboradas ações de monitoramento da fauna e o resgate de animais silvestres. ”Isso já liga com o nosso intercâmbio que faremos com o CRAS”, afirmou.

Identidade Ecológica

Ainda no encontro, os secretários defenderam a posição da ABEMA (Associação Brasileira das Entidades de Meio Ambiente) em relação ao julgamento no Supremo Tribunal Federal que trata do critério de Identidade Ecológica e impacta diretamente no Código Florestal.

“A Abema tem um parecer muito claro, e nós temos esse mesmo entendimento de que, estabelecer critérios ecológicos em mecanismos de compensação ambiental é um aprimoramento importante na legislação, mas trata-se de uma decisão que institui o critério da identidade ecológica para todos os mecanismos de compensação de Reserva Legal, sem fazer uma devida modulação dos efeitos da decisão e isso pode trazer uma série de impactos na implementação do Código Florestal, uma década após sua implementação”, finalizou Jaime Verruck.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here