
Ficou definido que serão reservados 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivamente para atender pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e que também serão criados leitos de internação para pacientes com doenças respiratórias
O secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, reuniu a direção, médicos, enfermeiros e técnicos do Hospital da Vida de Dourados, na manhã desta sexta-feira (2) para discutir medidas emergenciais diante da superlotação da unidade em razão da disparada de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. “Todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão lotados e os leitos de internação também, de forma que precisamos encontrar medidas para amenizar a pressão no hospital diante da queda da temperatura, típica do inverno, e do aumento acentuado dos casos de doenças respiratórias”, destacou Márcio Figueiredo.
Ficou definido que o Hospital da Vida vai reservar 10 leitos de UTI exclusivamente para pacientes com doenças respiratórias e também vai reservar leitos para internação para essas doenças. “Não temos como abrir novos leitos de UTI, mas podemos ir reservando os leitos que forem desocupados para atender exclusivamente aqueles que apresentaram quadros avançados de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, explica o secretário de Saúde.
A população deve ficar atenta para as medidas que todos devem adotar para conter o avanço das doenças respiratórias. “A melhor prevenção é a vacinação do grupo prioritário, principalmente das crianças menores de seis anos e das pessoas com mais de 60 anos, que são os pacientes mais sensíveis às doenças respiratórias”, alerta Márcio Figueiredo. “O poder público está mobilizando todos os esforços para garantir atendimento digno aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, mas é indispensável que as pessoas atentem para as medidas preventivas, porque não temos como internar todos os doentes”, alerta.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave, conhecida pela sigla SRAG, é uma condição em que uma infecção respiratória gera grande dificuldade de respirar e lesões nos alvéolos (sacos de ar nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas). Geralmente a SRAG é acompanhada de pneumonia. “Diante de sintomas como dificuldade para respirar, sensação de peso no peito e lábios arroxeados, é preciso procurar atendimento médico com urgência”, ressalta. “Outros sintomas como febre e perda de apetite, baixa saturação, tosse e coriza também indicam necessidade de cuidados médicos”, completa Márcio Figueiredo.
O secretário orienta que já nos primeiros sintomas de síndrome gripal a pessoa deve procurar atendimento médico. “Nesse final de semana estaremos com a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Seleta com atendimento estendido até às 22h e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atende 24 horas, de forma que a pessoa não precisa deixar o quadro se agravar para buscar atendimento médico e receber o remédio para o tratamento imediato da síndrome respiratória”, ressalta o secretário de Saúde.
CAUSAS E PREVENÇÃO
A Síndrome Respiratória Aguda Grave geralmente é resultado de uma infecção viral, como gripe ou covid-19. O problema também pode ser consequência de doenças bacterianas ou fúngicas que afetam a respiração. O diagnóstico de SRAG leva em conta os sintomas e exames de imagem dos pulmões, baixa saturação de oxigênio no sangue, tosse, dor de garganta, calafrios, dor de cabeça ou nariz escorrendo (coriza).
O principal método de prevenção da SRAG é a vacinação contra doenças que podem levar a esse quadro, como a gripe e a covid-19. Também deve ser evitado o contato próximo com pessoas com infecções respiratórias. O uso de máscara em unidades de atendimento à saúde também diminui o risco de contrair vírus respiratórios.
Em todos os ambientes, é preciso respeitar a etiqueta respiratória, ou seja, adotar medidas como cobrir a boca e o nariz ao espirrar; higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel, especialmente antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz; evitar tocar os olhos, a boca e o nariz após passar a mão em corrimões, maçanetas etc.; manter distanciamento físico; limpar e desinfectar superfícies.
Além disso, pessoas com síndrome gripal devem evitar contato direto com outras pessoas, bem como ambientes coletivos e aglomerações. Outra recomendação é que quem faz parte do grupo de risco busque atendimento médico tão logo os sintomas gripais surjam. Assim, é possível seguir com o tratamento adequado.
